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segunda-feira, 11 de novembro de 2019, 7h41

Notícias IBA

Round test: a luta pela qualidade na classificação da pluma do algodão

Até o final da safra 2019/2020, Amipa vai analisar cerca de 360 mil amostras de 100% dos fardos de algodão produzidos em Minas Gerais

A Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa) participa da avaliação internacional do “Round Test”, que afere a qualidade dos resultados das análises de diversos equipamentos do tipo HVI (High Volume Instrument) pelo mundo. O responsável pelo Round Test é o ICAC (International Cotton Advisory Committee) em parceria com o CSITC (Commercial Standardization of Instrument Testing of Cotton), ambos órgãos americanos. Na Amipa, essa análise já ocorre desde 2008, logo depois da criação da Minas Cotton, nome dado à Central de Classificação de Algodão da entidade mineira, localizada em Uberlândia (MG).

São quatro rodadas por ano e todas com a participação da entidade mineira. Segundo o gerente da Minas Cotton, Anicézio Resende, é fundamental participar de todas, com todos os instrumentos do tipo HVI, porque só assim a associação consegue um diagnóstico concreto de todas as suas máquinas e, mais do que isso, mantém os equipamentos e estrutura do laboratório sempre em linha com as melhores práticas. “Com essa avaliação rotineira, é possível descobrir pequenos defeitos, como regulagens malfeitas, por exemplo, e fazer as correções necessárias. Trata-se de uma checagem das análises com todos os equipamentos e em todos os níveis”, explica.

Em todas as rodadas anuais do Round Test, a Amipa recebe para avaliação uma amostra de quatro algodões de qualidades diferentes, que são analisados por cinco dias consecutivos. No final, os dados são compilados e direcionados para o site do CSITC, que faz as estatísticas e encaminha para o ICAC. Após esse processo feito com todos os participantes, as amostras recebem notas nas seguintes categorias: comprimento da fibra (UHML), uniformidade do comprimento (UI), resistência da fibra (STR), índice de Micronaire (MIC), grau de refletância (RD) e grau de amarelamento (+b).

“É interessante que os dados estatísticos de todas as características apresentadas nas análises de todos os instrumentos testados estejam iguais ou melhores do que a média dos algodões recebidos para o Round Test. Caso contrário, é necessário fazer correções nos instrumentos do tipo HVI, para melhorar e manter a performance das análises para as próximas rodadas”, explica Resende.

A Amipa participa do Round Test desde 2008. Até o momento, por meio dos 20 funcionários da Minas Cotton, mais de 260 mil amostras de plumas de algodão já foram analisadas de todos os fardos de algodão produzidos no estado mineiro.

Para Anicézio Resende, participar do Round Test é uma forma de confirmar aos cotonicultores que tudo está rodando de maneira adequada. “Nós, como gestores de laboratório, a partir do Round Test e outras práticas conseguimos garantir para o nosso cliente a confiabilidade e a credibilidade na qualidade das análises do algodão fornecido”, finaliza.

A participação no Round Test é uma das práticas recomendadas para o cumprimento de requisitos para a gestão de qualidade em laboratórios e, com esse resultado, a Minas Cotton consegue um passo internacional importante na busca pela certificação da ISO 17.025.

Apoio do IBA

Para o gerente da Minas Cotton, o apoio do IBA foi a chave para a modernização e da qualidade das análises para a cotonicultura do estado de Minas Gerais. Segundo o gerente da Minas Cotton, os resultados obtidos pela Central, se deve, sobretudo ao financiamento do IBA

“Sem sombra de dúvida, tudo o que melhoramos desde a criação do laboratório é fruto do empenho do IBA e da Amipa. Se não fosse o Instituto, provavelmente estaríamos presos no ano de 2006, data da criação do laboratório da associação. Se hoje temos uma estrutura moderna, com os melhores equipamentos do mundo e treinamentos de ponta, devemos isso, em parte, ao financiamento e apoio do IBA”, comemora Resende.

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