segunda-feira, 26 de outubro de 2020, 4h47
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Qualificar para prosperar: este é o desafio da Amapa para os próximos anos
A falta de mão de obra especializada impactava negativamente a produção algodoeira no Maranhão, mas os cursos de qualificação profissional estão mudando esse cenário
Todo mundo já ouviu aquela máxima que diz que dentro do Brasil, há tantos outros “brasis”. De fato, pela dimensão geográfica do país e, consequentemente, com inúmeras diferenças culturais, climáticas, econômicas e outras, cada região acaba se tornando única e, portanto, com seus próprios desafios. O da Associação Maranhense dos Produtores de Algodão (AMAPA) é a necessidade em capacitar e qualificar mão de obra para atuar no cultivo do algodão.
Com foco nessa especificidade da Amapa, junto com o Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), a associação desenvolveu o projeto “Qualificação Profissional dos Trabalhadores das Propriedades de Algodão do Maranhão”. Segundo entrevista com o presidente da Amapa, Eduardo Silva Logemann, para a série comemorativa dos 10 anos do IBA, o Sul do Maranhão, onde é o foco da produção de algodão, é uma região bastante carente em todos os aspectos, logo, há dificuldades em encontrar mão de obra especializada. “No entanto, a partir do projeto desenvolvido com recursos do IBA, estamos, aos poucos, conseguindo diminuir esse gargalo e, nitidamente, os impactos positivos já podem ser vistos em campo”, explica.
O projeto possui três fases. Na primeira, entre 2014 e 2015, mais de 4,8 mil profissionais foram capacitados por meio de 93 cursos, que totalizaram 2.242 horas de treinamentos. Na fase 2, entre 2016 e 2017, os cursos aumentaram para 140 e mais de 3,5 mil participantes, perfazendo 2.434 horas de capacitação. Agora, o projeto encontra-se na terceira e última fase, que iniciou em 2018 e deve terminar ainda neste ano, totalizando 4,5 mil participantes em 240 cursos com 3.600 horas. As capacitações são focadas em operação e manutenção de máquinas agrícolas e nos equipamentos de algodoeiras e gestão administrativa e operacional da fazenda.
Ainda que não esteja finalizado, os principais resultados obtidos do projeto “Qualificação Profissional dos Trabalhadores das Propriedades de Algodão do Maranhão” já são sentidos pela Amapa e seus associados: satisfação dos produtores e gestores das fazendas com os treinamentos; contribuição com a oferta de mão de obra qualificada para os produtores maranhenses; fortalecimento do setor e atração de novos produtores; capacitação dos colaboradores das unidades produtivas da região, contribuindo com o crescimento profissional e fortalecimento da economia local e, por fim, contínua melhoria dos processos produtivos das unidades maranhenses.
“Estamos muito satisfeitos com esses resultados. Porém, os desafios ainda são imensos, que começam na qualificação profissional e vão até os sérios entraves logísticos e de infraestrutura. Por isso, constantemente, precisamos até fazer manutenção nas estradas, para que os caminhões consigam circular e escoar a produção”, desabafa o presidente da Amapa.
Com todas essas peculiaridades, Eduardo Logemann ressalta a importância de ações que promovam essas melhorias e que sirvam de respaldo para a prosperidade da produção e cultivo do algodão. “E união entre produtores, Amapa e IBA tem sido fundamental para o atingimento dos objetivos”, finaliza.
Continue a acompanhar conosco a série comemorativa dos 10 anos do IBA.