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quinta-feira, 12 de novembro de 2020, 9h14

Notícias IBA

Projeto social da Apipa transforma vidas e promove o empoderamento feminino

Desde novembro de 2019, projeto já capacitou mais de 20 famílias no estado do Piauí

Melhorar a imagem da cotonicultura no sul do Piauí; qualificar profissionais para a produção de produtos derivados do algodão e aumentar a geração de renda dos colaboradores e familiares: esses são os objetivos da Associação Piauiense dos Produtores de Algodão (Apipa) com o projeto social “O algodão transformando vidas no estado do Piauí”, em parceria com o Instituto Brasileiro do Algodão (IBA). Parece muito? Mas ainda não é tudo! Antes ainda de completar o primeiro ano, o projeto conseguiu algo ainda maior e imensurável: empoderar mulheres da região de Uruçuí.

Para a série comemorativa dos 10 anos do IBA, o presidente da Apipa, Amilton Bortolozzo, falou um pouco sobre como esse projeto, iniciado em novembro do ano passado, que vem mudando a consciência das pessoas sobre a importância do algodão e empoderando mulheres. “Tivemos a ideia de fazer um projeto social não visando apenas o produtor, na fazenda, mas toda a família. E o que conseguimos foi muito maior: estamos vendo o algodão mudando a vida de pessoas, sobretudo das mulheres”, comemora.

O projeto social “O algodão transformando vidas no estado do Piauí” se propõe a atender os familiares dos produtores com capacitação para produção de arte culinária; corte e costura; confecção de bonecas; pinturas e bordados; peças de tecelagem e conhecimento sobre associativismo, a fim de ampliar a visão da comunidade em relação às possibilidades da cotonicultura. No total, o projeto prevê 920 horas/aula para cerca de 20 famílias ligadas diretamente ao cultivo do algodão. No momento, os cursos estão suspensos por causa da pandemia.

Segundo Bortolozzo, o projeto tem ajudado a trazer renda extra às famílias, sobretudo em um ano tão delicado, impactado pela pandemia do novo coronavírus. “As mulheres já usam o aprendizado adquirido nos cursos para produzir e revender. Assim, elas passam a não depender tanto de seus companheiros”. Além disso, ele é fundamental para trazer conhecimento sobre a diversidade de usos da fibra. “Para valorizar e mostrar o que a cotonicultura é capaz, em todos os cursos, a matéria-prima utilizada é à base de algodão: as bonecas, as roupas e até na culinária, com o uso do óleo de algodão e carne de farelo de algodão”, esclarece Amilton.

Os próximos passos do projeto são ainda mais audaciosos. O objetivo é capacitar as mulheres, agora, para o empreendedorismo utilizando como base o associativismo. A ideia é que elas aprendam a capitalizar ainda mais o trabalho delas e, sobretudo, não deixar que os ensinamentos se percam pelo caminho.

Por fim, o presidente da Apipa destaca outro ponto fundamental do projeto: a desmistificação em relação ao agronegócio. “O produtor sério e profissional não destrói, não desmata. Ele se preocupa com o meio em que vive, com uma sociedade mais justa. E esse projeto é uma oportunidade de mostrar isso para a sociedade e, enfim, mudar a visão que a cidade tem do campo”.

Continue a acompanhar conosco a série comemorativa dos 10 anos do IBA. 

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