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quinta-feira, 25 de julho de 2013, 4h49

Notícias IBA

Projeto de Cooperação Internacional tem visita à Embrapa Algodão

Uma parceria entre a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e Brasil, por meio do governo Dilma Rousseff, possibilitará que médios e pequenos agricultores familiares de seis países produtores de algodão recebam apoio técnico da Embrapa Algodão visando aumento na produtividade e na qualidade de vida destes cotonicultores. Com esse objetivo, nos […]

Uma parceria entre a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e Brasil, por meio do governo Dilma Rousseff, possibilitará que médios e pequenos agricultores familiares de seis países produtores de algodão recebam apoio técnico da Embrapa Algodão visando aumento na produtividade e na qualidade de vida destes cotonicultores. Com esse objetivo, nos dias 16 e 17 de julho, a Unidade recebeu a equipe coordenadora desse projeto com representantes da FAO, da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e do Ministério de Relações Exteriores do Brasil para conhecer os avanços alcançados na pesquisa e na área de difusão e transferência de tecnologias  com a cultura do Algodão.

A pauta da visita técnica contemplou a explanação de diversos pontos de interesse e atenção apresentados por pesquisadores e técnicos da Unidade.  Para a equipe foi oportunizado ter uma visão de dados e informações que permitissem conhecer todas as etapas do desenvolvimento da cotonicultura. Foram apresentadas tecnologias sobre o melhoramento do algodoeiro semi – perene para a agricultura familiar do semiárido, sistema de produção agroecológico para o Estado da Paraíba, melhoramento do algodoeiro colorido, a marca Algodão Cor natural desenvolvido pela Embrapa,  zoneamento agroecológico e risco climático, sistema de produção de sementes da região nordeste,  deslintadores de algodão, beneficiamento e controle de plantas daninhas, insetos e doenças das lavouras por meio de bioativos derivados de  vegetais. As alternativas de plantio do algodão, consorciados com o gergelim, milho e feijão, e erva-doce também foram temas explorados.

A equipe visitou as indústria têxteis COTEMINAS, COOPNATURAl e a ENTRE FIOS localizadas em  Campina Grande. O grupo também teve a oportunidade de conhecer  o  assentamento Margarida Maria Alves localizado em Juarez  Távora –PB onde os produtores locais plantam o algodão  orgânico colorido através do Projeto do COEP,  com o apoio técnico da Embrapa Algodão. Na oportunidade, visitaram o campo de algodão e a miniusina de beneficiamento de algodão desenvolvida em parceria com a Embrapa Algodão e o Laboratório de Tecnologia de Fibras que realiza as análises tecnológicas da fibra do algodão.

Aspectos importantes do projeto

Coordenado pela regional da FAO no Chile, o projeto se direciona para implementar ações de transferência de tecnologias  no Paraguai, Peru, Argentina, Bolívia,  Equador e Colômbia que são produtores de algodão e que demandaram necessidades nessa cultura e estão em fase de implantação. Com exceção do Paraguai que já está numa fase mais adiantada do projeto que é a elaboração dos subprojetos.

De acordo com Adriana Gregolin representante da FAO, o encontro ofereceu ao grupo oportunidade de conhecer o trabalho da Empresa em relação a essa cultura.  "A reunião permitiu conhecer como estão sendo desenvolvidas as pesquisas e as ações de transferência de tecnologia da Embrapa Algodão realizado de forma participativa com os agricultores aproveitando todo o conhecimento deles, o que é importante para o projeto que visa trabalhar numa metodologia de construção participativa, dialogada em conjunto com as organizações parceiras e os beneficiados diretos que são as instituições dos países, os governos e os agricultores. A expectativa é de contribuir com esses países, com a parceria da Embrapa, no desenvolvimento da cadeia produtiva do algodão. Retomar produtividade, qualidade do produto e assim, melhorar a qualidade de vida dos agricultores e das famílias que vivem no campo. Desta forma  contribuir para a superação da pobreza rural que é o compromisso de todos esses países junto à FAO, disse.

A ABC trabalha com a Cooperação Sul-Sul a partir das demandas dos países. Seu papel é coordenar essas ações com uma cooperação trilateral –   Brasil, organismo internacional  e instituições brasileiras que possam somar esforços para solucionar as demandas. Esse projeto da cadeia produtiva do algodão, que foi assinado em 2012 tem o apoio do Instituto Brasileiro de Algodão (IBA) que disponibilizou os recursos para este projeto. A parceria da Embrapa Algodão foi valorizada por Camila Areia, representante da ABC. Destacou que não é só a produção que é problema e que não é possível resolver todas as demandas. Segundo ela, outras necessidades ocorrem e devem ser focadas, como a organização social dos produtores através de cooperativas e associações e outros aspectos como a garantia da comercialização do produto.

Camila também enfatizou a "expertise" com que a Empresa vem lidando de forma participativa na transferência das tecnologias e práticas de manejo na agricultura familiar, segundo ela isto é muito importante.  "A cooperação social é isso. É construir com as instituições brasileiras e com as instituições governamentais e países parceiros. E eles se apropriam daquele conhecimento que está sendo criado. A idéia é sempre criar junto para tentar solucionar os problemas que são possíveis, de acordo com a necessidade de cada região. Trabalhamos por demanda, não chegamos com nada pronto. A diferença de cooperação social é exatamente essa: esperamos as demandas para atuar e construir juntos a melhor solução possível para aquela situação", esclareceu.  
  

Fonte: http://cenariomt.com.br/noticia.asp?cod=303190&codDep=6

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