quarta-feira, 15 de janeiro de 2014, 2h59
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Produtores vão aos EUA negociar caso do algodão
Na semana em que o Congresso americano pode aprovar nova versão da lei agrícola (a Farm Bill), o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Gilson Pinesso, está em Washington para discutir soluções para o caso que envolve subsídios do governo dos EUA aos cotonicultores do país. Pinesso quer que os americanos regularizem […]
Na semana em que o Congresso americano pode aprovar nova versão da lei agrícola (a Farm Bill), o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Gilson Pinesso, está em Washington para discutir soluções para o caso que envolve subsídios do governo dos EUA aos cotonicultores do país.
Pinesso quer que os americanos regularizem os pagamentos do acordo definido no âmbito da OMC, pelo qual o governo dos EUA pagaria US$ 147 milhões por ano para o Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) até a aprovação de nova Farm Bill em conformidade com as regras da OMC.
Em setembro de 2013, os EUA depositaram US$ 4,7 milhões na conta do IBA, em vez dos esperados US$ 12,3 milhões, e interromperam o pagamento em outubro, com a expiração da antiga lei. O acordo foi fechado em 2010 para evitar que o Brasil aplicasse sanções de US$ 830 milhões, autorizadas pela OMC.
Uma vez aprovada a nova lei agrícola, a Abrapa vai examinar se ela está de acordo com a legislação da OMC, afirmou Pinesso. A versão em discussão por deputados e senadores americanos, contudo, não parece caminhar nessa direção. Elas substituem dois mecanismos de subsídios, os pagamentos diretos e os anticíclicos, por um programa de seguro complementar, conhecido como Stax (Stacked Income Protection Plan, em inglês). Se os preços internacionais do produto caírem para níveis muito baixos, a aplicação do Stax pode levar a perda anual de US$ 600 milhões para as exportações brasileiras de algodão, disse Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior.
FONTE: VALOR ECONÔMICO
http://www.valor.com.br/brasil/3394330/produtores-vao-aos-eua-negociar-caso-do-algodao#ixzz2qTHxwo2R