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terça-feira, 3 de novembro de 2020, 2h11

Notícias IBA

No agro, quanto mais ágil o tratamento, mais rápida é a cura

Frase retrata a importância de uma atuação rápida e assertiva frente ao que passou os produtores de algodão sul-matogrossense com o descontrole do bicudo

Não é à toa que o Bicudo é o grande temor dos produtores de algodão. Sem um contínuo monitoramento e orientação de manejo nas propriedades, a praga destrói a lavoura e, com ela, anos de dedicação. Sem controle, em pouco tempo, dizima a cultura. E foi quase isso que aconteceu no Mato Grosso do Sul. Porém, com a intervenção do IBA, por meio de projetos voltados ao controle do Bicudo, e apoio incondicional da associação e dos produtores, o Estado manteve a produção de algodão.

“Antes dos recursos dos projetos do IBA, a Ampasul praticamente não tinha acesso e condições financeiras para ajudar o produtor. Então, a responsabilidade era de cada um deles e a associação não tinha controle. Com o apoio do IBA, foi possível fazer os projetos, que foram aprovados e realizados com a totalidade do recurso”, explica o presidente da Associação Sul-Matogrossense dos Produtores de Algodão, Walter Schlatter.

Durante a entrevista para a série comemorativa dos 10 anos de criação do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), Schlatter destacou as particularidades do cultivo do algodão no Estado, que divide espaço com as plantações de milho e soja, e quanto a cultura avançou ao longo dos anos. E ainda falou que o algodão do Mato Grosso do Sul é 80% sustentável, mesma percentagem da média brasileira.

Um dos destaques dos projetos apoiados pelo IBA foi a criação do Grupo de Trabalho do Algodão (GTA), que reúne técnicos da Ampasul e técnicos e proprietários das fazendas. O Grupo tem como objetivo pensar em ações conjuntas e medidas eficazes para melhorar o cultivo do algodão no Mato Grosso do Sul. “Hoje, por causa dos projetos fitossanitários e à troca entre instituição e produtores, a Ampasul consegue ter um controle absoluto do que é feito pelos produtores, o que beneficia toda a cadeia. Isso foi um ganho muito importante. Esse trabalho foi muito bem feito e hoje os produtores, através das informações da Ampasul, tem o controle quase absoluto, facilitando assim o manejo das pragas. Logico que não 100%, por causa do clima tropical, mas sem esse trabalho em conjunto, poderia ter acontecido o pior”, esclarece o presidente da associação.

Nova sede

Outro projeto de destaque entre os 24 geridos pelo IBA com a Ampasul, até o momento, é a criação da sede própria. Inaugurada em 2019, e com um custo total de R$ 20 milhões, a sede tem 4,5 mil metros quadrado de construção e contempla um moderno escritório de administração, um laboratório com a maior tecnologia que existe, com quatro aparelhos HVI super modernos. No mesmo local, os recursos financeiros do IBA foram usados para construir um moderno centro de eventos para 500 pessoas (sentadas em cadeiras com mesas de oito lugares) ou 1 mil pessoas (sentadas com cadeiras enfileiradas). Com divisórias multifuncionais, o salão pode ser transformado em nove salas pequenas para cursos concomitantes.

“Trata-se de uma estrutura de prédio moderna, com profissionais capacitados, que possibilitam ao Mato Grosso do Sul um crescimento nesta cultura, já que aqui temos uma particularidade, que é a produção de algodão de qualidade no verão, uma cultura apenas por ano”, comemora Walter Schlatter.

Por fim, o presidente da Ampasul destaca a importância de ter pessoas capacitadas à frente do agronegócio. “Eu acho esse recurso da fundação do IBA e suma importância, bem como a maneira como as pessoas do IBA são capacitadas para atenderem o setor algodoeiro. A gente não sente que tem burocracia e desconfiança. Todos os projetos que mandamos para o IBA tem nos atendido 100%. A diretoria do Instituto é de fundamental importância para o agronegócio brasileiro. Eles entendem o outro lado e sabem que o agro é como uma pessoa doente: quanto mais ágil o tratamento, mais rápida é a cura”.

 

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