quarta-feira, 9 de setembro de 2020, 12h35
Notícias IBA
IBA celebra 10 anos de história
O instituto comemora o fomento de projetos no setor cotonicultor e a conquista dos resultados dos últimos anos
Desde junho de 2010, o Instituto Brasileiro do Algodão (IBA) vem tecendo sua história na cotonicultura brasileira. Uma trajetória marcada por numerosas conquistas, que só se tornaram possíveis devido a um trabalho efetivo de parceria junto à Abrapa, as associações estaduais de produtores de algodão e Ministério das Relações Exteriores. É esse esforço conjunto que fez com que todo o apoio técnico, institucional e financeiro concedido pelo IBA aos projetos se transformasse em resultados concretos para o setor. Por isso, toda a equipe do Instituto tem em mente o lema: “Juntos, construindo o futuro do algodão”.
O IBA é uma associação civil sem fins lucrativos, criada com o objetivo de gerir os recursos decorrentes do contencioso do algodão na Organização Mundial do Comércio (OMC) a partir de um acordo entre Brasil e Estados Unidos. Seu principal objetivo é contribuir para que a cotonicultura brasileira se desenvolva por meio de boas práticas de gestão, governança e transparência.
Os resultados ao longo de uma década falam por si: são mais de 300 projetos em todo o País, desenvolvidos por diversas associadas com apoio do Instituto, nas áreas de sustentabilidade, controle de pragas, capacitação e treinamento e qualidade da fibra. Além dos projetos de cooperação internacional geridos pela Agência Brasileira de Cooperação/ABC-MRE, em países da América Latina e países africanos. Tais ações permitiram que o setor se tornasse mais competitivo, sendo capaz de enfrentar os momentos de crise sem grandes impactos, e por outro lado, tendo um grande potencial de crescimento quando o mercado está favorável. Vale salientar que, mesmo diante da conjuntura atípica, por conta da pandemia, o País permanece entre os quatro maiores produtores mundiais da fibra e segundo maior exportador.
Diante dessa realidade, o IBA celebra seus 10 anos ciente de que as conquistas dos projetos da cotonicultura brasileira não pertencem a um único protagonista, mas são fruto da ação exitosa de diversos atores-chave, que vêm atuando de forma coordenada e estratégica para tornar o País uma referência na produção do algodão.
Gestão do conhecimento
Para narrar um pouco sobre essa trajetória bem-sucedida, traremos uma série especial de entrevistas com os presidentes das associadas, que irão comentar sobre os resultados que os projetos apoiados pelo IBA têm representado em suas regiões.
Dando início a essa sequência, o presidente do Instituto, Haroldo Cunha, relata como a entidade firmou, ao longo dos anos, sua expertise como gestora do conhecimento e de projetos: “Juntos, no decorrer dos anos, avançamos muito na gestão de projetos, incluindo, por exemplo, a criação da metodologia de mensuração de resultados, com a participação de stakeholders. Criamos indicadores-chave de desempenho para os projetos nos eixos de controle de pragas, qualidade da fibra, sustentabilidade e capacitação e treinamento. Desta forma, conseguimos colocar efetivamente em prática nossa missão de gerir informações dos projetos da cotonicultura”. E sobre o IBA, acrescenta: “O setor construiu uma entidade muito bem organizada, com profissionalismo e regras bem definidas, para fazer bom uso dos recursos disponibilizados”.
Segundo ele, a parceria com as associadas, Abrapa e Ministério das Relações Exteriores em ações de cooperação internacional, foi fundamental nesse processo. “Podemos enxergar, ao longo dessa década, a importância dos recursos do IBA para as ações desenvolvidas pela cotonicultura brasileira, mas ressalto que não fazemos nada sozinhos. É um trabalho em conjunto com nossos parceiros”, destaca.
Para o presidente do Instituto, o algodão brasileiro não só cresceu em produção, por aumento de área plantada, mas também em produtividade e qualidade da fibra produzida, evidenciando o desenvolvimento do setor nos diversos aspectos, o que corrobora a importância de todo o trabalho que vem sendo conduzido pelas instituições do setor e o profissionalismo e empreendedorismo dos produtores de algodão. “Os projetos que apoiamos foram fundamentais para este crescimento sustentável da cotonicultura”, salienta.
Os projetos relacionados à qualidade da fibra, por exemplo, como a criação do laboratório SBRHVI, de relevância nacional, colocou o Brasil em outro patamar. “Hoje, a qualidade do algodão brasileiro é reconhecida, e as análises dos laboratórios têm alta credibilidade, o que está contribuindo para melhorar consideravelmente a competitividade da fibra nacional”, avalia.
Algodão brasileiro: maior qualidade e confiabilidade
Também vale destacar os projetos ligados aos programas Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e Better Cotton Initiative (BCI), que alçaram o Brasil à condição de maior fornecedor de algodão BCI do mundo e referência mundial na produção sustentável da fibra. Todos os anos, são realizadas ações de capacitação, de informação aos produtores, processos de auditoria nas fazendas, melhorias e investimentos de recursos, tanto por parte das associações, como pelos próprios produtores, para adequação não somente à legislação e normas regulamentadoras, mas também para atender às exigências do mercado consumidor quanto ao respeito ao meio ambiente e relações justas de trabalho no campo.
Os projetos do IBA também têm focado na capacitação da mão de obra das fazendas, seja no campo ou nas áreas administrativas das fazendas produtoras de algodão. Haroldo complementa que todas as associações possuem iniciativas de capacitação profissional em seus estados: “Essas ações resultam em ganhos de produtividade e eficiência nas fazendas, e impactam indiretamente no desenvolvimento das regiões onde o algodão está inserido”.
De acordo com Haroldo Cunha, essas e outras iniciativas se refletem positivamente não apenas na cotonicultura brasileira, mas em vários setores. “Os projetos geram ganhos à economia, meio ambiente e às comunidades locais”, pontua. “Toda a comunidade é beneficiada por projetos de capacitação, estradas que são revitalizadas e ações sustentáveis, por exemplo. A atividade produtiva crescente também gera desenvolvimento econômico a uma região ou Estado”, exemplifica.
Passados 10 anos, o setor conquistou, segundo Cunha, maturidade suficiente para transformar o conhecimento adquirido em novas oportunidades de crescimento e desenvolvimento. “O IBA deve continuar, juntamente com seus parceiros, a buscar novas soluções e formas de captação de recursos junto a outras entidades, além de investir ainda mais em inovação e visão estratégica. É com essa perspectiva que poderemos levar a pluma brasileira a ter ainda mais respaldo no mercado”, conclui.
Continue a acompanhar conosco a série comemorativa dos 10 anos do IBA: nas próximas semanas, confira as entrevistas com os presidentes das associações.