Voltar

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019, 2h59

Notícias IBA

Guerra contra as tigueras de algodão

Projeto da Agopa em parceria com o IBA investe no controle da planta, que é um dos focos da proliferação do bicudo. Resultado é a redução em 30% nos índices de infestação pela praga

As tigueras de algodão, em um primeiro momento, podem parecer inofensivas. Mas, na verdade, são um verdadeiro oásis para o bicudo, a praga que aterroriza as plantações de algodão Brasil afora. Por isso, demanda esforços de toda a cadeia da cotonicultura.

É o que vem fazendo a Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), através do Fundo de Incentivo à Cultura do Algodão de Goiás (Fialgo) que, desde 2012, com o apoio do Instituto Brasileiro do Algodão (IBA), investe no projeto de Controle de Pragas. A iniciativa visa, dentre outras ações, manter o controle das tigueras de algodão.

O projeto tem como objetivo monitorar a presença dessa praga em áreas de beneficiamento de algodão e de confinamento bovino que utilizam o caroço de algodão como alimento, fazendo com que restos culturais rebrotem. Há também o controle da incidência de plantas involuntárias de algodão nas margens de estradas vicinais e rodovias, bem como monitoramento sobre a presença das plantas em outras culturas com potencial para dispersar pragas para as lavouras de algodão.

“O nosso trabalho é de remoção e destruição desse algodão involuntário, para que não haja proliferação do bicudo”, explica Paulo César da Cunha Peixoto, diretor executivo do Fialgo e coordenador do projeto bicudo em Goiás.

Os resultados têm sido bastante efetivos. Segundo o Fialgo, desde 2012, quando começou o projeto, até a safra 17/18, houve uma redução de 30\% nos índices de infestação de bicudo.

No entanto, qualquer descuido ainda pode ser fatal. Por conta do inverno mais curto e chuvoso, a safra 18/19 voltou a apresentar um expressivo aumento em relação à safra anterior. “O produtor não pode afrouxar as ações, porque basta qualquer descuido e a praga volta com tudo”, ressalta Peixoto.

Por fim, o diretor executivo do Fialgo reforça a importância do apoio do IBA para os resultados do projeto. “O Instituto foi fundamental em dois aspectos: na expertise e no apoio financeiro, o que tem sido fundamental para a implantação de projetos e pesquisas em Goiás, porque aporta os recursos financeiros que contribuem para a cotonicultura do Estado”, finaliza.

Para conhecer todos os projetos da Agopa com o IBA, clique aqui. E sobre as iniciativas das associações para o combate às pragas do algodão, acesse esse conteúdo.

Voltar