sábado, 6 de julho de 2019, 3h29
Notícias IBA
Amipa usa drones em busca de eficiência no controle de pragas durante o cultivo do algodão
Uso da tecnologia, que possibilitou a redução da entrada de maquinaria nas lavouras e os custos de produção, é parte de um projeto em parceria com o IBA que criou uma biofábrica
Uma iniciativa inovadora e pioneira na cultura do algodão. Esta é a definição da biofábrica construída pela Associação Mineira dos Produtores de Algodão (Amipa), resultado de um projeto em parceria com o IBA. A ideia da biofábrica surgiu a partir da necessidade da fabricação de produtos biológicos para o controle das principais pragas do algodoeiro. Um deles foi o Trichogramma pretiosum, um inseto parasitoide de ovos de lepidópteros-praga (lagartas).
E foi pelo drone a maneira utilizada pela Amipa para a soltura do Trichogramma pretiosum. A iniciativa foi de suma importância para o sucesso do projeto, pois revelou a necessidade de fazer ajustes para adequação das práticas de manejo, tanto por parte da Amipa, que à época utilizava cartelas de papel para realizar a soltura dos ovos do inseto, como também das equipes técnicas das fazendas, que tinham a expectativa de obter resultados imediatos nos mesmos moldes do uso de inseticidas convencionais.
Outras vantagens foram notadas com o uso dos drones, dentre elas a redução da entrada de maquinaria nas lavouras e os custos de produção. Com isso, os produtores passaram a priorizar o controle biológico no manejo integrado de pragas. Outros resultados alcançados pelo projeto foram a diminuição de aplicações de inseticidas químicos no controle de lepidópteros na cultura do algodão, o aumento do número de polinizadores nas lavouras, o aumento do número de inimigos naturais e menor incidência de pragas nas lavouras.
Por fim, também com a criação da biofábrica, a Amipa organizou, em conjunto com as equipes das fazendas, os calendários para determinar as janelas mais favoráveis para inserção dos produtos biológicos, outro pedido dos produtores. “O projeto da Biofábrica está alcançando sua maturidade técnica e financeira, consolidando-se como importante suporte aos programas de Manejo Integrado de Pragas dentro dos sistemas produtivos da cultura do algodão”, explica o diretor executivo da Amipa, Licio Pena.
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