quinta-feira, 6 de maio de 2021, 10h19
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Abrapa investe na dupla “rastreabilidade e qualidade” do algodão brasileiro para a safra 2020/2021
Em entrevista ao IBA, Edson Tetsuji Mizoguchi, da Abrapa, falou sobre o aprimoramento do programa de qualidade da associação, a fim de estimular a adesão do produtor
A qualidade do algodão brasileira é reconhecida dentro e fora do Brasil. No entanto, para ser mais valorizado, precisa ter mais visibilidade junto ao comprador final. E, para que isso aconteça, cotonicultores precisam aderir ao programa SBRHVI, que tem por objetivo dar transparência e credibilidade às análises de qualidade do algodão brasileiro. É o que explica o gestor do Programa de Qualidade da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Edson Tetsuji Mizoguchi, para o IBA Podcast.
“O grande desafio para a safra 2020/2021 é termos a máxima adesão dos produtores brasileiros aos programas da Abrapa, em particular ao SBRHVI. E, para alcançar esses objetivos, os programas da associação passaram por um aprimoramento”, explica Mizoguchi.
Desde 2004, a Abrapa implantou o Sistema Abrapa de Identificação (SAI), responsável por gerar etiquetas com códigos de barras, os quais funcionam como um “RG” do algodão. O objetivo é identificar e rastrear as amostras enviadas pelas algodoeiras. Em 2012, a associação criou o Algodão Brasileiro Responsável (ABR), que concede certificação socioambiental às fazendas produtoras. Em 2016, a entidade foi além e lançou o Standard Brasil HVI (SBRHVI), projeto que visa garantir a qualidade das análises de algodão realizadas por laboratórios de classificação visual e HVI no País.
Agora, na safra 2020/2021, a Abrapa adotou medidas para maior adesão dos produtores aos seus programas. Assim, os cotonicultores que utilizarem a etiqueta SAI e implementarem boas práticas socioambientais por meio do programa ABR, automaticamente irão participar também do SBRHVI, por prazo indeterminado. “Dessa forma, quando o cliente final, no caso a indústria, receber o fardo desse algodão, terá toda a sua rastreabilidade. Essa transparência, certamente, irá valorizar ainda mais a fibra produzida no Brasil”, finaliza o gestor do Programa de Qualidade da Abrapa.
Para mais detalhes sobre o tema, confira o depoimento do gestor da Abrapa ao IBA Podcast.